O governo português anunciou no sábado novas medidas de contenção na maior parte do país a partir de quarta-feira, 4 de novembro, e por pelo menos duas semanas.
Nos 121 concelhos em causa, entre os quais Lisboa e Porto, os residentes deixarão de poder sair de casa a não ser para trabalhar, ir a uma escola ou fazer compras essenciais.
As empresas são instruídas a mudar para o teletrabalho.
As áreas afetadas cobrem cerca de 70% da população portuguesa, que ronda os 10 milhões de pessoas. São os municípios onde foram registrados mais de 240 casos novos de infecção por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Portugal, até agora, tem um número de epidemia relativamente baixo, com 141.279 casos e 2.507 mortes, mas os novos casos em todo o país atingiram um nível sem precedentes de 4.656 na sexta-feira, antes de cair para 4.007 no sábado.
O aumento do número de internações também aumentou continuamente nas últimas duas semanas e 286 pessoas encontram-se atualmente em cuidados intensivos, para uma capacidade total dedicada ao COVID-19 de 800 leitos.
“Se nada for feito, o aumento das infecções nos levará inevitavelmente a uma situação de falha do nosso sistema de saúde”, disse o primeiro-ministro Antonio Costa em entrevista coletiva.
Essas medidas serão revistas a cada duas semanas, disse ele.
As viagens de um município a outro foram proibidas desde sexta-feira e até terça-feira na tentativa de reduzir a propagação do coronavírus durante o período de Todos os Santos.
