Com o coração partido, os admiradores de Diego Maradona se reuniram nas ruas de Buenos Aires, capital da Argentina, na quarta-feira, após a notícia da morte da antiga glória mundial do futebol aos 60 anos, plantando flores e cantando canções patrióticas.
O presidente Alberto Fernandez declarou três dias de luto nacional em homenagem a Diego Maradona, que morreu de ataque cardíaco em sua casa nos subúrbios de Buenos Aires. Um porta-voz do governo disse que uma vigília seria realizada de quinta a sábado no palácio presidencial.
Um grupo de pessoas se reuniu em frente à casa onde cresceu Diego Maradona em Villa Fiorito, um subúrbio pobre da capital, para orar em frente a uma bandeira argentina adornada com uma fita preta.
Perto da sede do Boca Juniors, antigo clube de Maradona, nos arredores de Buenos Aires, admiradores depositaram buquês de flores. “Ele é daqui, é um de nós”, disse Juan Jose Quinteros, torcedor do Boca Juniors, de 50 anos.
“Com esta ‘mão de Deus’ ele devolveu sua alma ao povo”, acrescentou, referindo-se a um dos dois gols marcados por Diego Maradona nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986 contra a Inglaterra – a “mão de Deus”.
Outros se reuniram no bairro de San Andres, onde Diego Maradona morava, e na cidade vizinha de La Plata, onde o ex-número dez foi recentemente o diretor técnico da equipe local Gimnasia.
Uma multidão cantando o hino nacional argentino se reuniu em frente ao hospital onde seria realizada a autópsia de Maradona.
Em toda a cidade de Buenos Aires, displays de transporte público exibiam a mensagem “Obrigado, Diego”.
Alguns admiradores aconteceram na noite de quarta-feira em frente ao palácio presidencial, a Casa Rosada, antes do início da vigília em homenagem a “El Pibe de Oro” (“o garoto de ouro”).
“Diego é o maior, o melhor. Conheci minha esposa em 1986, quando Diego fez o gol com a mão”, disse José Luis Shokiva, 53, vestindo uma camiseta com a imagem de Maradona.
“A verdade é que para mim Diego representa tudo. Como torcedor do Boca, como argentino, ele é o maior. O que aconteceu é uma tristeza imensa”, acrescentou.
Reconhecido mundialmente como um dos maiores jogadores de futebol da história, Diego Maradona era idolatrado na Argentina, onde os fãs há muito o apelidaram de “o Deus”.
“Estou muito triste, fez parte da nossa infância e da nossa adolescência”, disse Mariela Barg, advogada da capital, relembrando as memórias da Copa do Mundo conquistada em 1986.
