Não passa um mês sem que uma nova variante apareça. Depois da variante britânica, a variante indiana, agora mais comumente conhecida como variante Delta, levanta temores de novas ondas de contaminação em todo o mundo. E não é isso.
O próprio Gabriel Attal, porta-voz do governo presente em Perpignan na última sexta-feira, expressou sua preocupação na manhã desta segunda-feira no France Inter. A variante Delta “está ganhando terreno muito rapidamente”. “Dobra quase todas as semanas, já estamos com mais de 30% das contaminações”. “Uma quarta vaga no final de julho é uma possibilidade (…) Temos que continuar vacinados”.
Já atingida fortemente pela variante Delta, os ingleses deram o alarme sobre o surgimento de uma variante que atinge cerca de 30 países: a variante Lambda, detectada pela primeira vez no Peru e responsável por 80% dos casos no país.
Peru: 200 infecções em dezembro, 50% dos casos em março, 80% hoje
De acordo com Jeff Barrett, diretor da COVID-19 Genomics Initiative do Wellcome Sanger Institute no Reino Unido, citado pela Sky News, a variante Delta exibe “um conjunto bastante incomum de mutações”. Incluindo um padrão único de sete mutações na proteína spike que o vírus usa para infectar células humanas, de acordo com o Financial Times.
Segundo estudo realizado na Universidade do Chile, é ainda mais contagioso que as variantes Gamma (Brasil) e Alpha (britânica). O professor Tsukayama, doutor em microbiologia molecular da Universidade Cayetano Heredia, em Lima, dá provas pelos números: “Tivemos 200 infecções por lambda em dezembro”. “No final de março, correspondia à metade de todas as amostras colhidas em Lima. Agora, três meses depois, observamos mais de 80% de todas as infecções em todo o país”.
Segundo os britânicos, a variante Lambda já se espalhou por 27 países, entre eles Reino Unido, Estados Unidos ou Alemanha. Por enquanto, a OMS classificou como “variantes a seguir”.