“Os soros de indivíduos que receberam uma única dose da vacina Pfizer ou AstraZeneca são pouco ou nada eficazes contra a Delta”, disse Olivier Schwartz, co-diretor do estudo, em um novo comunicado à imprensa.
Em um novo estudo, pesquisadores do Institut Pasteur, em colaboração com o Hospital Europeu Georges Pompidou AP-HP, o CHR de Orléans e o CHU de Estrasburgo, estudaram a sensibilidade da variante Delta a anticorpos, em comparação com cepas que circulam na França e outras variantes chamadas inglesas (Alpha) e sul-africanas (Beta).
O objetivo deste estudo foi caracterizar a capacidade de anticorpos terapêuticos, bem como aqueles desenvolvidos por pessoas previamente infectadas pelo SARS-CoV-2 ou vacinadas, em neutralizar essa nova variante.
Aqui está a conclusão: “Ao analisar o sangue de pessoas que foram infectadas com SARS-CoV-2 nos últimos 12 meses, os pesquisadores mostram que concentrações quatro vezes maiores de anticorpos são necessárias para neutralizar a variante. Delta em comparação com a cepa Alpha .Esta diferença de sensibilidade também é observada em pessoas vacinadas com duas doses da vacina Pfizer ou da vacina AstraZeneca: os anticorpos presentes em seus soros são eficazes na neutralização da variante Delta, com uma eficácia ligeiramente menor do que contra a variante Alfa. por outro lado, o soro de pessoas vacinadas em dose única (Pfizer ou Astrazeneca) é inativo ou muito pouco ativo contra as variantes Delta ou Beta. Em resumo, a variante Delta é ligeiramente mais resistente aos anticorpos neutralizantes do que a variante Alfa “.
Como um lembrete, a variante Delta representa mais de 30% dos casos atuais na França.
