O governo italiano decretou na quinta-feira que os professores devem ter um passe de saúde, certificando que não estão infectados com Covid-19 ou protegidos contra a doença, para poderem ter acesso às salas de aula, enquanto Roma também tornou obrigatório este “Passe Verde” em trens e aviões.
O passe de saúde, disponível em papel e formato digital, certifica a vacinação contra Covid-19, um teste de triagem negativo ou uma recuperação recente da doença.
No desejo de acelerar o ritmo das vacinações para combater a propagação da variante Delta do coronavírus, o governo já havia tornado obrigatório o passe de saúde para acessar, a partir de sexta-feira, as salas de restaurantes e outros locais fechados de serviços e entretenimento.
“Evite encerramentos e proteja as liberdades”
Apesar das pequenas manifestações nas ruas para denunciar o passe de saúde, o governo de Mario Draghi estendeu a obrigação a todos os professores e estudantes universitários na quinta-feira, dia 1º de setembro.
A partir desta data, o “Green Pass” também será necessário para o transporte de longa distância.
“A escolha do governo é investir o máximo possível no Passe Verde para evitar fechamentos e proteger as liberdades”, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza, a repórteres.
Para poderem trabalhar, os professores devem receber o passe de saúde assim que entrarem na escola. Caso contrário, e após cinco dias de ausência, eles não serão mais pagos.
A Itália deplora o maior número de mortes na Europa por causa da crise de saúde, depois da Grã-Bretanha, com 128.163 mortos. Mais de 4 milhões de infecções foram relatadas lá desde o início da epidemia.
Em março, um mês após chegar ao poder, Mario Draghi tornou a vacinação obrigatória para todos os profissionais de saúde.