Anunciada nesta quarta-feira, 11 de agosto, a medida visa reduzir o custo do rastreamento do Medicare, mas também incentivar os recalcitrantes a serem vacinados.
O fim dos exames gratuitos – excluindo as prescrições médicas – “deve entrar em vigor em meados de outubro”, anunciou Gabriel Attal no encerramento do conselho de defesa e segurança sanitária na quarta-feira, 11 de agosto.
Em julho passado, Emmanuel Macron já considerava esta medida no caso de um forte aumento do covid-19 e uma taxa de vacinação estagnada. Agora está confirmado. A partir de meados de outubro, quem quiser fazer o teste Pcr terá de pagar do bolso, ou seja, 44 euros, a menos que tenha receita médica. Essa medida permitirá limitar os “testes de conforto” realizados por pessoas que desejam obter o passe de saúde sem serem vacinadas ou tirar a dúvida de uma potencial contaminação. Os exames realizados por pessoas sintomáticas ou por casos de contato continuarão a ser cobertos pelo seguro saúde.
Risco de contaminação não detectada
Desde o dia 9 de agosto, o passe de saúde abre as portas para muitos lugares públicos. Para aqueles não vacinados e nunca infectados, mostrar um teste negativo em 72 horas é a única maneira de obter o precioso gergelim. O fim dos testes de Pcr gratuitos divide os especialistas. Alguns denunciam o descaso com a contaminação: certamente as pessoas que vieram se vacinar por precaução não tomarão mais esse cuidado.
O incentivo da vacina estabelecido pelo término do teste gratuito continua difícil de avaliar. Segundo o epidemiologista Renaud Piarroux, “em meados de outubro, quem ainda não vai ser vacinado é quem realmente não quer”, e que ficará imune a qualquer incentivo, disse ao France Info. Vários especialistas também acolhem com agrado a economia que será obtida com o fim do reembolso sistemático desse ato médico. Cinco bilhões de euros são alocados para financiar a triagem somente para o ano de 2021 e o orçamento será, sem dúvida, ultrapassado.