A tecnologia CRISPR, premiada com o Prêmio Nobel de Química nesta semana, é apresentada como alternativa aos testes sorológicos (PCR) e virológicos. Além de detectar a infecção rapidamente, o novo teste não exigiria equipamentos caros de laboratório e poderia ser implantado em consultórios médicos, escolas e prédios de escritórios.
Uma equipe de pesquisadores liderada por Jennifer Doudna, que ganhou o Prêmio Nobel de Química esta semana por sua co-descoberta do CRISPR (ao lado da francesa Emmanuelle Charpentier), relata a criação de um novo teste baseado na mesma técnica para diagnosticar Covid -19. O CRISPR consiste numa modificação da herança genética que permitiria, entre outras coisas, curar doenças raras. Os resultados da pesquisa, em particular, geram grandes esperanças para a luta contra o câncer.
Mais barato, mais preciso, mais rápido
Segundo especialistas, o rendimento de seus testes não é tão importante em quantidade quanto os testes já conhecidos (sorológicos e virológicos). Mas eles seriam inicialmente muito mais baratos, os testes convencionais usando máquinas de laboratório caras. Então, muito mais preciso. E acima de tudo muito mais rápido com um tempo médio estimado de 5 minutos por teste, em comparação com 1 dia ou mais para testes padrão.
O teste da versão CRISPR não apenas determina se uma amostra é positiva, mas também avalia a quantidade de vírus contida por um paciente. O que ajudar os médicos a adaptarem os tratamentos de acordo com o estado de cada um.
Próxima etapa, de acordo com Doudna: validar a configuração de teste e comercializá-la. E adeus aos PCRs?
