Uma homenagem nacional será prestada nesta quarta-feira ao decapitado professor de história e geografia próximo a um colégio em Conflans-Sainte-Honorine, em Yvelines, e os trabalhos serão realizados desde o início das festas de Todos os Santos com os alunos de todo o país até lembrá-los “a chance de ser um filho da França”, anunciou este sábado Jean-Michel Blanquer.
O Ministro da Educação Nacional determinou ainda que o professor morto na tarde de sexta-feira, Samuel Paty, tinha “pleno direito” de mostrar caricaturas de Maomé na sala de aula e que o vídeo de um protesto de um parente do aluno, divulgado como resultado do iniciativa do professor como parte de um curso sobre liberdade de expressão, foi “totalmente ultrajante (e) feita para acabar com algo possivelmente violento”.
Samuel Paty personificou a República em seu aspecto mais nobre: sua escola.
Ele foi covardemente assassinado pelos inimigos da liberdade.
Estaremos unidos, firmes e decididos: pic.twitter.com/gKtDoX4LpV
– Jean-Michel Blanquer (@jmblanquer) 17 de outubro de 2020
Qualificado por Emmanuel Macron como “característico atentado terrorista islâmico”, este homicídio, que traz à memória o atentado ao Charlie Hebdo em 2015, cujo julgamento decorre atualmente em Paris, suscitou grande emoção em todo o país, em particular no Conflans-Sainte-Honorine, onde alunos acompanhados por seus pais e residentes vieram na manhã de sábado para colocar flores em frente à entrada do Colégio Bois de l’Aulne, onde Samuel Paty lecionava.