Há muitas vozes a favor de um maior endurecimento das medidas para lutar contra a propagação da epidemia de Covid-19. E no ponto mais alto do estado, o termo “reconfinamento” não é mais tabu.
Semana após semana e mesmo dia após dia, a França está quebrando recordes. Os números do Covid-19 explodem ao limite no domingo com mais de 52.000 novos casos (mais de 1 milhão no total) e 116 mortes em 24 horas, para flertar com a barra de 35.000 mortos (34.761 atualmente).
Mais preocupante, a taxa de positividade também continua em alta, com pico registrado em 17% neste domingo.
A palavra que não é mais proibida
Diante dessa segunda onda, o governo tem empregado grandes meios. A partir desta sexta-feira, 54 departamentos, além da Polinésia Francesa, foram afetados pelo toque de recolher.
Medidas fortes. Mas que ainda merecem um endurecimento segundo muitos cuidadores que temem um aumento acentuado da circulação do vírus com o resfriado.
Médicos da União Regional de Profissionais de Saúde Liberais (URPS) da região de Auvergne-Rhône-Alpes, pleiteiam a prorrogação do toque de recolher (a partir das 19h) e do confinamento nos finais de semana.
Enquanto Jean Rottner, presidente da região Grand-Est, vota pela contenção.
Nas mais altas esferas do Estado, o termo deixou de ser tabu, apesar da forte relutância em provocar uma nova paralisação da economia. Mas, diante dos números descontrolados, “tudo é possível”, solta Cédric O, secretário de Estado responsável pela transição digital. No final da semana, o próprio Emmanuel Macron havia falado a palavra proibida até então. Em primeiro lugar, o Governo deseja fazer uma primeira avaliação das medidas de toque de recolher. Antes do inevitável?
