O fechamento de empresas não essenciais desencadeou um verdadeiro movimento de protesto em face da concorrência considerada injusta dos supermercados. Um espinho no lado do estado.
Uma história de concorrência desleal. Por que a loja de roupas do centro da cidade é obrigada a fechar as portas quando as roupas estão despontando nas prateleiras dos supermercados, que estão sempre abertas?
Uma pedra de pavimentação na lagoa foi lançada por comerciantes, após o anúncio do reconfinamento proferido por Emmanuel Macron na quarta-feira. E muito rapidamente, os políticos aproveitaram sua causa. Em particular, os prefeitos de algumas cidades médias que emitiram decretos municipais autorizando a reabertura de empresas. Assim como Louis Aliot, prefeito RN de Perpignan, que faz parte do movimento lançado pela Associação dos Prefeitos da França (AMF).
Prós e contras
Se a causa parece justa face à concorrência desleal dos supermercados, suscita, no entanto, algumas questões sobre alguns pontos.
Primeiro, a legalidade da manobra já foi apontada por alguns prefeitos. A prefeitura de Saône-et-Loire chegou a anunciar a instauração do processo administrativo.
Dois, vem em total contradição com as medidas de contenção. E o desejo de reduzir os encontros tanto quanto possível. Mesmo que os “atiradores” façam avançar as multidões que se acotovelam nos supermercados.
Terceiro, levanta a questão da lucratividade das “pequenas” empresas, que se opõem ao domínio legítimo do livre arbítrio.
Lojas que já comemoraram uma pequena vitória nesta sexta-feira, com o fechamento dos departamentos de livros e cultura dos supermercados. Uma decisão tomada colegialmente após consulta entre a Bercy e os sectores da distribuição massiva mas também o sector do livro que teve uma visão muito negativa do encerramento das suas livrarias, consideradas negócios não essenciais.
Se a discussão não for possível, e se os prefeitos contestarem esses decretos municipais, alguns prefeitos dizem que estão prontos para apresentar o caso na Justiça ou mesmo na mais alta instância do Estado.
Uma medida tomada nesta sexta-feira pela federação do setor de brinquedos, que apresentou uma súmula perante o Conselho de Estado contra a venda de brinquedos em hipermercados.