O julgamento de três homens suspeitos de pertencer a uma célula islâmica por trás do ataque à van nas Ramblas de Barcelona, em agosto de 2017, foi iniciado na terça-feira no Supremo Tribunal da Espanha, sob um imponente dispositivo de segurança.
Dois réus, um espanhol e um marroquino, estão sendo processados por pertencerem a uma organização terrorista que fabrica e recebe explosivos e tenta cometer danos em grande escala.
Em 17 de agosto de 2017, uma van correu para a multidão reunida na famosa via pública de Barcelona, matando 14 pessoas e ferindo mais de uma centena. Seu motorista, morto alguns dias depois pela polícia, fez outra vítima enquanto fugia. Também no dia 17 de agosto, um carro atropelou uma multidão em Cambrilis, outra cidade da costa catalã, antes que seus cinco passageiros saíssem do veículo para esfaquear os transeuntes, matando uma mulher e ferindo várias outras antes de serem baleados pela polícia.
Todas as acusações do julgamento, que começa na terça-feira, estão relacionadas à detonação acidental de explosivos e botijões de gás armazenados para outros fins que não o ataque de 17 de agosto. Esta explosão, que ocorreu no dia anterior, matou outros membros suspeitos da célula, incluindo um imã, seu suposto líder.
O Ministério Público usará penas de prisão de 41 anos e 36 anos contra dois dos acusados. Um terceiro homem suspeito de ser seu cúmplice pode pegar oito anos de prisão.
