Nicolas Sarkozy anunciou na quarta-feira que ia pedir sua “demissão em exame” no caso do suposto financiamento pela Líbia de sua campanha eleitoral vitoriosa de 2007 após as retratações do empresário Ziad Takieddine, um de seus acusadores.
Num documento obtido pela Paris-Match e pela BFM TV, esta última, até então apresentada como intermediária, agora declara que “nunca houve financiamento para a campanha presidencial do Sr. Sarkozy”.
“Confirmo que isso não é verdade. Sarkozy não tinha financiamento líbio para a campanha presidencial nem Gaddafi pôde fazê-lo porque nunca teve”, acrescenta, referindo-se ao ex-líder líbio Muammar Kadhafi.
Em sua página do Facebook, Nicolas Sarkozy diz que “tomou nota com espanto das últimas declarações de Ziad Takieddine”.
“A verdade está finalmente emergindo”, acrescenta o ex-Presidente da República. “Peço ao meu advogado Thierry Herzog que apresente um pedido de demissão em exame e inicie um processo de denúncia caluniosa contra Ziad Takieddine, cujas alegações anteriores me causaram danos consideráveis.”
“Que todos tenham certeza de que não pretendo parar antes que todos os perpetradores dessa manipulação sem precedentes sejam desmascarados”, avisa.
Nicolas Sarkozy é alvo de quatro acusações neste caso, a última datando do mês passado por “associação criminosa”. Ele também é suspeito de financiamento de campanha ilícita e corrupção passiva.