Mutações no novo coronavírus parecem estar ocorrendo na Sibéria, disse o diretor do Serviço Federal de Proteção aos Direitos do Consumidor e Bem-Estar Humano na Rússia na terça-feira.
“Estamos vendo certas evoluções (…) na Sibéria que nos permitem pensar que nesta região está se formando uma versão própria com mutações específicas”, disse Anna Popova, chefe do Rospotrebnadzor, citada por agências de notícias russas. Ela acrescentou, no entanto, que isso não tornaria o vírus mais perigoso, embora não tenha fornecido detalhes sobre as implicações dessas mutações em termos de contágio e mortalidade.
Segundo estudo publicado em setembro nos Estados Unidos, há poucas evidências para concluir que mutações no vírus o tornem mais letal e a gravidade do quadro de pacientes com COVID-19, doença causada por esse coronavírus, depende mais anterior patologias ou características genéticas. Anna Popova disse que os ensaios clínicos de uma segunda vacina russa desenvolvida pelo Vector Institute na Sibéria e apelidada de EpiVacCorona continuam.
As mutações do coronavírus não podem ter efeito sobre a eficácia desta vacina, disse o diretor-geral do instituto, Rinat Maksioutov, citado pela agência TASS.
A Rússia relatou na terça-feira um número recorde de mortes por Covid-19 em um único dia, com 442 mortes para um total de 33.931 mortes e quase dois milhões de infecções.