Oito anos após a tragédia, são processados no tribunal de Rennes por homicídio culposo, justamente o afogamento de um jovem oficial cadete, recém-formado na Sciences-Po, durante uma noite de “bahutage”, cerimônias de transmissão de tradições próprias deste tipo da instituição.
Jammal Hami tinha 24 anos e o futuro pela frente. Jovem graduado da Sciences-Po, o alferes sucumbiu durante uma noite de “bautage” organizada em outubro de 2012 em um lago proibido para natação. Um corpo d’água de cerca de quarenta metros, em temperatura de congelamento, por onde esses oficiais cadetes, com capacetes, tiveram que nadar com seus uniformes e seus rangers. Um exercício noturno executado ao ritmo de La Valkyrie, a obra marcial de Wagner.
Jallal Hami nunca vai esperar pelo outro lado.
Inicialmente, oito soldados foram indiciados por homicídio culposo. O general Windeck, que dirigia a escola havia nove semanas, foi demitido. Os réus, encarregados de organizar o exercício em diversos graus, podem ser condenados a penas de até 3 anos de reclusão.
