Condenado em 1994 e parcialmente perdoado em 1998 por Jacques Chirac Omar Raddad, que sempre gritou sua inocência, agora diz que pode prová-lo.
Os advogados de Omar Raddad, condenado em 1994 pelo assassinato de Ghislaine Marchal em 1991 em Mougins, a 18 anos de prisão, sem possibilidade de recurso na época, vão entrar com um novo pedido de revisão na quinta-feira, informa a BFMTV.
Com base em novas análises de vestígios de DNA descobertos em 2015, os defensores do jardineiro marroquino, que já passou mais de sete anos na prisão, querem provar definitivamente a inocência do seu cliente.
Em novembro de 2015, quatro impressões de DNA correspondentes a quatro homens não identificados, duas impressões digitais perfeitamente exploráveis e duas outras parcialmente, foram encontradas em duas portas e uma divisa que estavam na cena do crime. Nessas duas portas estava escrito “Omar me matou” (sic) e “Omar era eu”, com o sangue da vítima.
Ghislaine Marchal, a rica viúva de um fornecedor automotivo, tinha 65 anos quando foi encontrada banhada em sangue no porão de sua propriedade em 23 de junho de 1991.
O pedido de revisão baseia-se nas análises posteriores de um perito, feitas em 2019 e divulgadas segunda-feira pelo Le Monde. Este relatório conclui com a presença de cerca de trinta vestígios de um DNA masculino completo não pertencente ao jardineiro e encontrado em uma das inscrições feitas com o sangue da vítima que indicava Omar Raddad como o assassino.
Omar Raddad havia se beneficiado de um perdão parcial do presidente Jacques Chirac e de uma liberdade condicional em 1998, mas esse perdão não constitui uma anulação da condenação e não o torna inocente.
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