A empresa BioNTech, mãe da primeira vacina anti-Covid, está lançando a fase II de um ensaio clínico com o objetivo de avaliar uma vacina contra o câncer. A mesma tecnologia para um alvo diferente. Há grande esperança para pacientes com tumores avançados.
É no tratamento da imunoterapia em oncologia. E esta nova fase constitui uma grande esperança no tratamento de cânceres muitas vezes incuráveis.
Neste estágio, a empresa deve avaliar a eficácia, tolerância e segurança de sua terapia baseada em mRNA chamada BNT111 em combinação com Libtayo (cemiplimabe) em pacientes com melanoma III ou IV refratário a anti-PD1 / recidivante irressecável. Um total de 120 pacientes participarão do estudo.
Como funciona essa vacina candidata?
“O BNT111 visa uma combinação fixa de antígenos associados a tumores codificados por mRNA, com o objetivo de ativar uma resposta imune forte e precisa contra o câncer”, explica BioNTech. Em detalhes, a vacina candidata tem como alvo quatro antígenos específicos. E de acordo com a empresa, “mais de 90% dos melanomas em pacientes expressam pelo menos um dos quatro antígenos tumorais codificados em BNT11: NY-ESO-1, MAGE-A3, tirosinase e TPTE”.
Uma vez injetado, esse tratamento “informa” às células do próprio paciente a aparência do inimigo, para que o sistema imunológico possa construir uma defesa contra as células tumorais.
A principal vantagem da tecnologia de mRNA é que ela é personalizada. Ao usar um pequeno pedaço de RNA que codifica o antígeno tumoral do câncer do próprio paciente, a eficiência deve ser muito melhor. Continua.