A Grã-Bretanha registrou um pico de contaminação por coronavírus de mais de seis meses na sexta-feira, três dias antes do levantamento da maioria das restrições na Inglaterra.
As autoridades de saúde britânicas relataram 51.870 novas infecções em 24 horas, após 48.553 na quinta-feira, o maior número diário de vítimas desde 15 de janeiro.
O número de novas mortes por COVID-19 ocorridas em 28 dias após um teste positivo é anunciado em 49, contra 63 no dia anterior, para um total de 128.624 mortes desde o início da epidemia.
Apesar da disseminação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, que é muito mais contagiosa do que as mutações anteriores, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson manteve a decisão de afrouxar a camisa de força da saúde devido a uma correlação muito menor entre contaminações e hospitalizações ou mortes, graças à vacinação.
Mais de dois terços dos adultos do Reino Unido receberam duas doses da vacina COVID e 87,6% receberam uma injeção primária, de acordo com dados divulgados na sexta-feira.
A partir de segunda-feira, as boates vão reabrir na Inglaterra e pubs, bares e restaurantes poderão acomodar mais clientes.
O uso de máscara deixará de ser obrigatório em transportes públicos e lojas, mesmo que muitos operadores de transporte ou comerciantes tenham anunciado a sua intenção de continuar a exigi-la ou recomendá-lo fortemente.
Alguns cientistas não escondem sua preocupação diante desse desconfinamento. “Ainda não estamos fora de perigo”, advertiu o conselheiro médico-chefe do governo, Chris Whitty, na noite de quinta-feira em uma conferência. “Não devemos subestimar o fato de que podemos ter problemas novamente com uma rapidez surpreendente”, disse ele.
